O programa despertou a atenção de muitos, logo em seu primeiro ano de exibição no Warner Channel. Neste período, um executivo da NBC, o Warren Littlefield, revelou em entrevista que "Living Single" era uma produção que gostaria de ter em sua emissora. Pouco tempo depois, a NBC estreia "Friends", série com a mesma temática e até personagens com personalidades parecidas, mas todos interpretados por atores brancos.
Enquanto o programa original da Warner era iconizado junto à população negra, retratando mulheres afro-americanas em cargos de poder (como dona de revista e advogada, por exemplo), os poucos negros que tiveram a chance de aparecer em episódios de "Friends" interpretavam subalternos. A grande maioria desses personagens nem tinha nome. Segundo o escritor de Friends, Saul Austerlitz, os executivos na NBC temiam que a aparição de não brancos gerasse queda na audiência.
Os dois programas chegaram a ser exibidos no mesmo horário. A popularidade de "Friends" foi crescendo cada vez mais e o show de TV durou até 2004, consagrando-se como a sitcom mais popular do mundo. "Living Single" foi encerrada em sua quinta temporada, em 1998.
Os fãs de "Friends" devem admitir que a série envelheceu mal em alguns aspectos e piadas que já não cabem na sociedade de hoje. Vendo a primeira temporada de "Living Single" tive uma sensação diferente, assistindo a abordagem de temas extremamente pertinentes. Uma personagem que vale citar (minha preferida) e é um dos pontos altos da produção é Max Felice Shaw, a advogada obstinada e bem sucedida.
Em recente entrevista, além de comentar sobre as semelhanças entre as duas séries, Queen Latifah (intérprete de Khadijah) falou sobre a possibilidade de um reboot do clássico que estrelou nos anos 90. Resta torcer.
Comentários
Postar um comentário