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Resenha de HQ: "Os Flintstones", de Mark Russell


A série animada sobre a família Flintstone, produzida pela Hanna Barbera nos anos 60, certamente fez parte da infância de todos, ganhando uma ousada releitura pelas mãos de Mark Russell e Steve Pugh, em 2016. Embora Wilma, Fred e Barney ainda vivam na idade da pedra, esta série de histórias em quadrinhos traz conflitos que refletem e criticam nossa sociedade atual.



Esta obra prima que você precisa ler urgentemente retrata a formação da nossa civilização, sendo uma sátira sobre a construção das estruturas sociais que conhecemos hoje. "Os Flintstones" fala sobre a indústria da guerra, conservadorismo, capitalismo (por que choras, Estados Unidos da América?), política, sexismo, exploração da força de trabalho, patriarcado e até especulação imobiliária.


Fred e Barney acabaram de voltar de uma guerra desnecessária, frequentando grupos de apoio e tendo que lidar com seus próprios traumas. À partir daí já se pode entender o tom que a história terá. Embora a HQ seja sombria, é absolutamente hilária e traz uma profundidade a estes personagens clássicos, como nunca visto antes.

Você se lembra de como no desenho animado os moradores de Bedrock utilizavam animais para substituir os eletrodomésticos e objetos modernos? Apois, no quadrinho em questão é levantada a discussão sobre exploração animal também, achei uma sacada genial. Vale destacar a amizade supimpa entre um tatu e um elefante, que chega a emocionar.


Li os dois encadernados publicados pela Panini e, apesar de alguns problemas de formulação de frases (coisa de tradução, né, galera) no volume dois, os recomendo imensamente. De fato, é uma das melhores histórias em quadrinhos que já li na vida.



Nos últimos anos, a DC vem dando roupagens mais sérias e modernas para os personagens clássicos da Hanna Barbera e, assim como fez com a família Flintstone, fez com a turma do Scooby Doo, Corrida Maluca e Future Quest. Devo dizer que tô gostando pra caramba.

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