

"Boa noite. Está no ar a televisão do Brasil". Vestida de "indiozinho", símbolo da TV Tupi (primeiro canal de TV do país), Sonia Maria Dorce repetiu as palavras que tinham lhe dito sem perceber que estava fazendo história.
Nos anos que sucederam o acontecimento, ela protagonizou novelas, seriados, filmes e lançou discos que lhe renderam disco de ouro. Nos anos 50, a menina já interpretava gêmeas na televisão. Todos esses trabalhos a fizeram ficar conhecida como a "Shirley Temple brasileira", algo que não dizia muito para ela, na época, já que nem conhecia a atriz americana.
A atriz mirim fez muitas apresentações, cantando e declamando poesias. Na opinião de seu pai, seu talento era um dom divino que devia ser dividido com todos sem que nada fosse cobrado por isso. Ela também fez shows gratuitos no Hospital do Câncer e em várias periferias.

Assim como aconteceu com Shirley Temple, a artista brasileira fez alguns papéis depois de crescida, mas logo se desligou da carreira artística. Sonia Maria Dorce se formou em direito e se tornou juíza. Em entrevista ao Museu da Televisão, disse que, embora já não trabalhe no meio, segue sendo uma artista. "Quando você é artista, você segue artista e não importa sua ribalta", afirmou.
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