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A História Real da Monga, a "Mulher Macaco"



  Nos anos oitenta não se podia sair de um parque qualquer sem antes ir ver o show da Monga. A personagem era nada mais que uma garota de biquíni que, para o espanto da platéia, se "transformava" em um macaco. O truque ainda é visto em diversas festas de Dia das Bruxas até hoje, mas o que poucos sabem é que o show é inspirado numa história real, estrangeira e bastante antiga.


Júlia Pastrana nasceu em 1901, era cantora, dançarina, falava várias línguas e adorava livros. No entanto, foi reduzida à sua hipertricose, condição que a fazia ter o corpo coberto por pelos. Ela foi vendida para o circo por uma mulher que provavelmente era sua mãe.

Passou então a ser exibida nos chamados "freak shows", indo parar nos  Estados Unidos, e fugiu com Theodore Lent, com quem se casou. Ele também se tornou seu empresário.

Anunciada como "Mulher Macaco", Julia estava na Rússia quando deu a luz a um menino que tinha características parecidas com as dela e faleceria em seguida. Cinco dias depois, ela própria faleceu por complicações pós parto. Theodore vendeu os corpos da esposa e do filho para um professor da Universidade de Moscou, onde foram preservados taxidermicamente.

As mortes ocorreram em 1860, mas os corpos continuaram em exibição, foram também roubados, vandalizados e ratos ainda os enfestaram. Apenas em 2013, foram enterrados em Sinaloa, México.

A exibição de Julia inspirou o mito da "monga", reproduzido mundo afora até hoje.

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