


Grande parte dos meus leitores conhecem a MAD por um desenho do Cartoon Netwoork,mas a MAD foi,é e sempre será muito mais que isso. Vamos conhecer?

A revista é originalmente americana e nasceu inicialmente através de Harvey que na época trabalhava no que viria ser a EC Comics,especializados em ilustrar histórias da biblia,quando o pai do dono da editora passou o controle pra ele. Harvey não foi muito bem sucedido,o que o levou a pegar um empréstimo com o antigo dono da editora. Este o lembrou das tirinhas e esquetes humorísticas no portfólio de Harvey,aí veio a ideia de fazer uma revista
Apesar de contestações Harvey Kurtzman jurava ter criado o nome sozinho,mas dum jeito ou de outro ,em 1952, nascia "Histórias com a intenção de levá-lo a loucura",o preço era dez centavos de dolar. A revista foi unica desde que nasceu,a MAD oferecia satiras e criticas sociais (...quase sempre...) muito inteligentes e magnificamente ilustradas. Uma coisa muito legal é que eles se criticam demais e definem o seu humor como agressivo,nas primeiras páginas de qualquer MAD você encontra um canto reservado a recados de fãs,99.9% dos recados eram negativos (como dizer que a MAD tem qualidade pior que a do papel higiênico velho).
A maioria das imagens e esquetes eram escritas pelo próprio Harvey,que deu vida ao famoso mascote da Alfred E. Neuman e ilustrou muitas e muitas capas da revista,com o rosto dele. Algo que poucos sabem é que Alfred não é um personagem tão original quanto parece. O personagem era duma campanha publicitária do inicio do século vinte,a MAD foi processada,mas ganhou (a publicação com o rosto do personagem era tão antiga que acabou caindo em domínio público). Confira a imagem que "inspirou" o personagem ao lado:
Apesar da proposta incrível,MAD não foi um sucesso instantâneo,mas William Gaines se animava (animar é por dinheiro na situação,sacou manu?) e na edição quatro a MAD estava esgotada nas bancas. Esta edição trazia uma parodia do Superman (nas duas traduções que houveram ao português Superducahomem ou Superômi).
A MAD tinha pouco tempo de existência e já era perdida pelo seu criador (problemas de grana) e assumida por Al Feldstein,o novo tio da redação que lá ficou até 1984. Antes da saída de Harvey,em 1955,a MAD ainda tinha formato de revista em quadrinhos,mas não demorou a ser transformada em revista. Não tinha anúncios (nem teve até 2001) para interromper no conteúdo e isso enlouquecia os leitores.
A revista chegou a ser proibida e acusada de incitar a delinquência juvenil (rolou até investigação do FBI). William Gaines vendeu a revista que até hoje é propriedade da DC COMICS,mas continuou à frente da MAD até sua morte.

O Ota se manteve na revista até 2008,ele escrevia os artigos e ilustrava,Raphael Fernandes traduzia. Mas as coisas acabaram se misturando,Ota considerou alguns textos preconceituosos (como um onde se referiam aos japoneses como Japongos...ou Japorongos...) e resolveu sair. Triste por estarem destruindo o que ele lutou para construir,Ota decidiu leiloar todos os produtos relacionados à revista que ele tinha. A coleção tinha todos os volumes de todas as editoras,além de relógios,bonecos do Alfred,revistas originais norte americanas e etc. Os artigos permanecem expostos no site de Ota.
Houveram adaptações para a tv. Uma delas foi em 1995,com esquetes de comédia feitas por atores ( muito semelhantes com o Saturday Night Live) e a mais recente e famosa é em desenho,lá no Cartoon Network,que é muito interessante (gostaria duma versão brasileira,já que eles só fazem piadas sobre os artistas norte americanos).

Podemos comprar a MAD,que hoje tem Raphael à sua frente,mas nunca será a mesma coisa sem o Ota. Tenho alguns volumes da revista,a maioria deles são da Vechi (começo da década de setenta),também tenho de 1999 e ainda compro as da Panini. Pode-se encontrá-las em qualquer sebo,por preços ridículos...
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